O feijão-frade não é uma leguminosa qualquer

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  • 6 de Abril, 2021

Engane-se quem pensa que todos os feijões são iguais, até porque existem cerca de 400 tipos de feijão, para não falar das variedades que cada tipo apresenta. É, por isso, importante distinguir as vantagens quer do consumo, quer do cultivo associado a cada tipo de feijão.

O caso do feijão-frade (Vigna unguiculata) é muito interessante, uma vez que, apesar de fazer parte da nossa cultura gastronómica, no que se trata de produção agrícola, os valores são ainda muito reduzidos. Este feijão de dimensões pequenas e cheio de sabor e nutrientes, tem 95% da sua produção em África e apenas 0,5% é produzido na Europa. Por ser uma leguminosa, o seu cultivo aporta uma série de vantagens para o ambiente, tais como, melhoramento da qualidade do solo e o uso reduzido de fertilizantes azotados, mas uma das características que o distingue das restantes leguminosas é a sua tolerância à falta de água (daí dar-se bem em climas quentes).

Para o Projeto LeguCon, contamos assim com a parceria d’A Sementeira, que tem no seu catálogo uma variedade regional de feijão frade – feijão frade clerigo – e que irá apoiar os nossos ensaios de campo com estas sementes especiais.

A empresa Nutriprado juntou-se também ao nosso consórcio, com o objetivo comum de apoiar o aumento da produção de feijão frade na Região Norte de Portugal.

Consórcio para as Leguminosas

O projeto LeguCON assenta no desenvolvimento dum consórcio único e inexistente em Portugal, promotor do aumento de produção de leguminosas no país, com uma vertente participativa e interativa entre ciência e cidadania.

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